
Onde entre o Mar e a Guerra
vivia o mais infelz
dos povos à beira-terra, (...)
Ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo.
Era a semente da esperança
feita de força e vontade
era ainda uma criança
mas já era a Liberdade.(...)
Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade
Agora que já floriu
a esperança na nossa terra
as portas que Abril abriu
nunca mais ninguém as cerra.
José Carlos Ary dos Santos